sexta-feira, 31 de outubro de 2008

SEPEX - UFSC



O Intituto Ser com Arte teve participação no SEPEX - UFSC em outubro de 2008
com este "banner arteiro" e ofereceu à comunicade acadêmica o curso:
"Ser com Arte: experiências teatrais para encantar a educação"

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Devaneios Avessos


Todos os dias eu durmo com uma certeza. E acordo com várias dúvidas. Isso quando eu durmo com alguma certeza. O que é quase nunca. Mas com as dúvidas eu acordo sempre. Elas me acompanham. Elas visitam os meus sonhos... Acordo! As dúvidas me desacomodam. Impossível continuar dormindo. Elas geram impulsos que me causam deslocamentos. Saio correndo, vivendo, infinitamente. Portanto a única certeza que tenho, é quando as dúvidas acontecem em mim. Aí, faço arte. O resto? Não sei.

Por um tempo achei que fosse possível fazer arte nos outros. Aí me dei conta de que só posso fazer arte nos outros, quando faço arte em mim. Então me vejo criando um picadeiro. Junto pessoas que penso precisarem de processos artísticos: professores.. Ta, mas... e eles querem? Bem, no processo eles vão descobrir que... a arte é transformadora, vão redimensionar suas ações, descobrir outras possibilidade de comunicação, criar uma nova pedagogia. (?)


Os meus vividos e as pesquisas apontam a falta da arte nos processos de formação dos indivíduos. Os professores não tiveram ou pouco tiveram a oportunidade de fruição em sua formação. A arte pode expandir a percepção e transformar os processos de educação. Pra que? Por que crio esse circo? Talvez pra descobrir que, os momentos em que algo aconteceu entre eu e eles, foram justamente aqueles em que me assumi atriz. Quando, mesmo que em poucos minutos, entrei em cena, disse algumas palavras de alguém, contei uma estória. Nesse momento, percebo que toquei o ponto que desejava. A solidão, o vazio, condição de toda a existência. Essência! Algo que não se consegue exprimir com palavras. Fica um silêncio preenchido pairando no ar. Os olhos estalam, brilham. Descubro então, que criei todo esse circo, para acessar minha alma. E que ela se manifesta na arte, e não na sala de aula. Ou, se ela se manifesta em sala de aula, é quando faço arte.

Então no momento seguinte a esse estalar de olhos, ela me olha e pergunta: "Pra que serve isso?" Precisa servir? ... Não tem cabimento... Buscam em mim uma certeza, porque se sentem inseguras no vazio das dúvidas. Então descubro que realmente não sei. Tudo que sei, é que outra dúvida pipoca em mim. Aí, faço arte. Essa arte gera novos impulsos.

Mariene Perobelli



quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Para iluminar as estrelas educadoras !!!

O Luneta é um ciclo de cursos e consultorias em arte, educação e valores humanos preparado para iniciar uma conversa gostosa com os espaços escolares.
Você está convidado a espiar ai do lado um pouquinho deste infinito celeste!

Você nos concede a honra desta dança?



A inclusão é base do dinamismo do universo.
Mais fundamental do que "a sobrevivência do mais forte" afirmada por Darwin é o principio da solidariedade e do amor de todos para com todos, afirmada por Niels Bohr.
Na próxima roda nós queremos dançar com você!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Vividos !!


Morto Vivo

Com meia vontade. Sejamos sinceros. Às vezes a gente esta meio. O vizinho que cortou o barato da rede. Tão discreta navegava. Pescou-me. Mas eu precisava ir. Os meus miúdos já deviam estar me esperando. Uma sombrinha preta cheia de estrelas coloridas. Canetas. Gizes. Papéis Materiais carinhosamente preparados. Vai professora. Não vou. Vou eu mesma. Eu com uma obstinação de ser feliz. “De pasalo lindo”. Fui. Convicta. Processei meus mandamentos. Não me incomodarei. Não incomodarei o outro. Amarei a mim mesma. Amarei os miúdos. Cheguei. Projeto extracurricular de teatro na escolinha do Canto da Lagoa. A escola não tem espaço para nada extra e vamos para o salão da igreja vizinha. Três chaves. Dois cadeados. Abre te !!! O mistério da esfinge é pagar um aluguel.
Cheguei ao pátio da escola e os miúdos estavam em polvorosa. Em gráfico... Impossível delinear vetores. Eu ali cheia de coisas. Olhei para o céu e suplique: morto, vivo, morto, vivo, morto, vivo. Deu-se o milagre. Eles me cercaram. Quietos. Atentos. Pré expressivos! Quesito indispensável para o ator de acordo com a antropologia teatral de Eugenio Barba.
Desisti de controlar... Eu me entreguei à experiência. Fui feliz. E... Quando o foco não acontece começo a latir e rosnar... Como uma louca... Ai quantos risos... Ai quanta vida... Extremamente louca e feliz. E me pergunta um miúdo... A professora é real ou é teatro? Pois agora... Cantamos... Dançamos. Criamos cenas... Experimentamos planos... Ai quantas coisas fizemos... Era o segundo dia e se fosse para fazer a lista de conteúdos trabalhados... O leite esparrama e ninguém desliga o fogo. De dentro de gente sai tanta coisa. Eu assumi várias coisas... E disse: quem escolheu vir que venha. E se veio que viva. E se vive questiona, argumenta, pergunta, concorda e discorda. E se não quer viver que não venha. Eu ficarei histérica, louca e chata e descontrolada se estiverem aqui e não quiserem estar aqui. Reflitam e fiquem em casa. Tem muitas coisas para fazerem em casa. Enumerei... Despedimos-nos. No encontro numero dois se multiplicaram os miúdos. Que mistério é esse?
Aprender a partir de uma motivação pessoal. Uma escolha. Eles assumiram a responsabilidade. Eles escolheram. Escolha, motivação, sujeito. Este caldo como ponto de partida. Será que da para ser assim sempre? Na escola (aquela obrigação) da para dialogar assim? Desculpa. É que tudo vira uma nova pergunta... Peguei gosto por perguntar... E nada se generaliza...
Sou um risco dando aula. Canto. Falo baixo. Conto histórias. Sou vozes, movimentos, alegria. Talvez nunca tenha assumido tanto a responsabilidade pelos encontros. Mas não é assim pensado e friamente calculado. É bonito. Sou eu...
Vamos apresentar final do ano. Temos um projeto em comum agora. Estou mergulhada e entusiasmada com nossa proposta. Será que eles também? “Estamos todos indiscutivelmente ligados pelo fato de que o outro é, em relação a nós, o que somos em relação a ele” afirma Merleau Ponty. Mas afinal o que somos em relação as nossas crianças? De que forma olhamos para elas?

Renata Ferreira

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vivências artísticas no Talismã

SER COM ARTE
no
COLÉGIO ALTERNATIVO TALISMÃ
Desde o início de março a Cia. SER COM ARTE vem realizando vivências artísticas com a equipe de professoras-arteiras do CAT.
Vivências em teatro, danças circulares, contação de histórias,
expressão corporal e expressão vocal em valores humanos.

A troca não poderia ser melhor: arte e valores humanos

agregados à proposta transdisciplinar da escola.

Essas são algumas professoras-arteiras do CAT criando histórias.

E como essas meninas têm história pra contar!!!

Em breve postaremos mais arteirices que estamos criando

com o Colégio Alternativo Talismã, em São José - SC.

Aguardem!!!